Escrevo este post por sugestão do Marcos Paulo, um literato que é também licenciado e mestre em educação física, ex-aluno em nosso curso da UnB. Ainda consternado como todos os brasileiros pela tragédia em Santa Maria-RS, recebi dele a notícia do falecimento de Ary Vidal, um dos nomes mais importantes do nosso basquete.
Não se trata propriamente de uma homenagem ao treinador, mas de um pequeno registro sobre o momento que vive o basquete no país.
O primeiro ponto que quero abordar diz respeito a dois grandes feitos do ex-técnico da seleção brasileira masculina de basquete. Foi ele quem comandou o time no Pan de Indianápolis em 1987, quando conquistamos o ouro ao vencer os Estados Unidos na final. Eu, particularmente, um adolescente à época, ainda guardo esta partida na memória. Os especialistas dizem que foi a maior façanha do nosso basquete.
O primeiro ponto que quero abordar diz respeito a dois grandes feitos do ex-técnico da seleção brasileira masculina de basquete. Foi ele quem comandou o time no Pan de Indianápolis em 1987, quando conquistamos o ouro ao vencer os Estados Unidos na final. Eu, particularmente, um adolescente à época, ainda guardo esta partida na memória. Os especialistas dizem que foi a maior façanha do nosso basquete.
Mas Ary é conhecido também por sua ousadia, pois foi o primeiro técnico a tirar proveito da linha dos três. Este é um outro feito seu. Com um estilo de jogo agressivo, treinava seu time com foco na velocidade e arremesso. Quando todos tinham medo do chute dos três, Ary, que era também um ex-estatístico do IBGE, fazia com que a seleção arremessasse 20% a mais de bolas do que os adversários. Foi ele quem fez santa a mão santa de Oscar. Por estes dentre outros feitos é considerado um gênio do basquete.
Agora, o segundo ponto de que quero falar, diz respeito ao recente socorro do Ministério do Esporte à Confederação Brasileira de Basquete - CBB.
Diante da perda de receita em função da redução do valor das contas de luz, a Eletrobras optou por reduzir seus investimentos em patrocínios esportivos. A estatal, que vinha repassando R$ 13 milhões por ano à CBB, cortou pela metade este valor, fixando em R$ 7,5 milhões o patrocínio para a temporada de 2013. Mas o Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, já se comprometeu em buscar uma outra estatal para apadrinhar o basquete nacional.
Agora, o segundo ponto de que quero falar, diz respeito ao recente socorro do Ministério do Esporte à Confederação Brasileira de Basquete - CBB.
Diante da perda de receita em função da redução do valor das contas de luz, a Eletrobras optou por reduzir seus investimentos em patrocínios esportivos. A estatal, que vinha repassando R$ 13 milhões por ano à CBB, cortou pela metade este valor, fixando em R$ 7,5 milhões o patrocínio para a temporada de 2013. Mas o Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, já se comprometeu em buscar uma outra estatal para apadrinhar o basquete nacional.
Enquanto outra estatal não vem, o próprio Ministério do Esporte liberou R$ 14,8 milhões para a entidade.
"Estou muito feliz. Eu nunca vi um comprometimento tão grande do ministério com as
confederações como nós estamos vendo agora. O socorro ajuda, mas não resolve. Se há um monte de empresas estatais patrocinando as confederações, alguma tem que patrocinar a gente", disse Hortência, diretora de seleções femininas da CBB.
Tanto o Blog do Cruz como o Blog Bala na Cesta criticaram duramente o socorro. Denunciam que, mesmo em época de vacas gordas, a entidade já vinha se endividando, e sem evoluir em resultados.
É aí que entro no terceiro ponto, relativo à disputa pela direção da Confederação.
O atual presidente da CBB, Carlos
Nunes terá um opositor na eleição convocada para 7 de março próximo. Será Gerasime Bozikis, o Grego, que presidiu a entidade por três gestões, de 1997 a 2008, tendo Nunes como seu aliado.
Nunes assumiu o comando em março de 2009 e, logo em seguida, mudou o estatuto para que houvesse apenas uma reeleição. Mas isto não o livra das criticas... Falta transparência e competência a ambos candidatos. Estamos entre o "diabo" e o "coisa ruim", é mais ou menos assim que resume o Blog Bala na Cesta.
O fato é que Nunes está em campanha com o dinheiro do Ministério do Esporte. Em entrevista de outubro de 2012, já contando com o socorro da pasta, dizia-se tranquilo em relação ao apoio das federações e prometia ouro olímpico para 2016.
Vale dizer que a CBB cuida basicamente das seleções, arbitragem, formação de treinadores e justiça esportiva, apenas chancelando o campeonato de clubes, o Novo Basquete Brasil - NBB, organizado pela Liga Nacional de Basquete - LNB e Rede Globo.
Para a LNB, o Ministério do Esporte liberou R$ 5 milhões para as duas próximas edições da
Liga de Desenvolvimento de Basquete - LDB, torneio sub-22 visto como um celeiro de novos talentos para o NBB.