sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As afitas ardem e doem!

Nesta última quarta, 28/11, em meio ao intervalo de aula da disciplina de Teoria do Desporto, recebi um telefonema sem identificação de chamada. Tratava-se de uma ligação internacional, com origem na Alemanha, e me falava um jornalista do Deutsche Welle.

Vejam: 
Azaf ita zardëm douwën! 

a tradução...
As afitas ardem e doem!

Esta é uma antiga brincadeira da infância.... E é o que sei do idioma alemão, ou seja, nada!

Minha sorte foi a de que o sujeito era da Brasilianisch-Redaktion, o que tornou a conversa possível. Ele me localizou por indicação da Prof. Dulce Suassuna, colega da UnB a quem agradeço pela referência. Sua intenção era a de realizar uma entrevista sobre as manifestações contra a Copa do Mundo de 2014 que ocorreriam no próximo fim de semana no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Como estava em intervalo de aula e não poderia me estender na conversa, ele me sugeriu a alternativa de responder suas perguntas por e-mail, e foi o que fiz.

Suas perguntas me provocaram, além da reflexão, um bom esforço de síntese. 

A matéria completa você pode ler em: 

O seu diálogo com o texto que produzi foi bastante pontual, o que é próprio da produção e escrita jornalística. Assim, a fim de compartilhar o texto completo que escrevi, vou iniciar minhas postagens pela ordem das perguntas que me foram feitas.

  1. A Copa no Brasil é um sonho ou pesadelo? Há insatisfação dos brasileiros em relação ao evento?
  2. Quais são as vantagens do Brasil receber a Copa do Mundo?
  3. Quais são os maiores pontos críticos do Brasil para a Copa (evitar corrupção, obras públicas desnecessárias etc)? Qual é a sua opinião?
  4. Até agora, os movimentos de manifestação da Copa são isolados. Na sua opinião, eles tendem a aumentar com a proximidade do evento? Ou você acredita que o brasileiro não está interessado na questão?

Nas próximas postagens, portanto, uma a uma, vou revisar e apresentar as respostas que tenho para tais questões. 

Aguarde!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Blog em construção!



Minha entrada na "blogosfera" é algo absolutamente intuitivo...

Gostaria eu de dominar as máquinas como meu amigo Efrain. Isto eu não sei fazer. E, por isso mesmo, eu conto com a participação de vocês para o aperfeiçoamento constante deste blog. Dos blogueiros mais experientes, como meu amigo Pedro Tatu, espero suas dicas de sucesso. Enfim, lançado o "Blog do Fernando Mascarenhas: falando de esporte", meu desafio agora é o de torná-lo atual, dinâmico e atrativo.

Ajude!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Blog de Quem?


Este é um blog para eu falar de esporte...

Já são alguns anos em contato com o mundo do esporte e, mais de perto, com o debate sobre as políticas esportivas. Em primeiro veio o envolvimento direto com os Senhores do Esporte, convivendo com os gerentes governamentais e boa parte da cartolagem esportiva nacional no âmbito do CNE. Depois, resolvi dedicar meus estudos ao tema. 

Não demorou;
"Estou indo para Brasília, neste país lugar melhor não há..."
Sim, da UFG à UnB, estou hoje num observatório privilegiado para estudar as tais políticas.

Individual e coletivamente, tenho me dedicado ao tema coordenando projetos, orientando pesquisas, organizando e participando de eventos, preparando e ministrando minhas aulas, enfim, cumprindo a agenda acadêmica 40hs DE de todo e qualquer professor universitário do sistema federal.  

O resultado disso?

Além da crítica roedora, tenho alimentado também o meu próprio espírito, ou seja, vivo um movimento de auto esclarecimento em direção ao esporte e sua organização em nosso país. Como resultado deste movimento, há de se dizer também que alguns pontos no Qualis já foram marcados, disponibilizando ao campo acadêmico da Educação Física alguns dos ditos produtos de pesquisa. Mais que pontos, cada produto constitui, em verdade, munição para "batalha das idéias". Pode-se dizer que eu e os colegas do Avante nos perfilamos àqueles que desejam construir um outro mundo possível e, nele, também um outro esporte possível. 

Um outro esporte possível representa a qualidade de uma sociedade cujo acesso ao esporte tem seu reconhecimento alicerçado sobre princípios como universalização, planificação, participação, autonomia, organização, transformação, justiça e democracia. O direito ao esporte, ao mesmo tempo em que pressupõe o acesso ao esporte, deve expressar também a possibilidade de sua apropriação crítica e criativa. Abordado em suas dimensões ética, política e estética, o esporte pode se constituir uma prática educativa das mais privilegiadas para fruição e exercício dos sentidos e das emoções, favorável à criação, ao engajamento corporal, ao prazer do movimento, ao exercício da confiança, ao desafio do pensamento, ao desenvolvimento da auto-estima, enfim, à satisfação de acesso e apropriação da cultura.


Não dá para dizer ao certo qual é o resultado dessa "batalha" - o papo é longo - e, por isso mesmo, a fim de me aproximar mais da realidade e do tempo mais imediato dos acontecimentos, propus a mim mesmo um blog, um blog dedicado aquilo que venho chamando de temas críticos do esporte. 

O que vocês verão aqui, as vezes de modo diário, mas quase sempre em frequência semanal, serão pequenos textos de autoria e opinião sobre os problemas e avanços do mundo esportivo, em seus diversos âmbitos.

O objetivo é, com todos os limites, o de conferir maior ressonância e engajamento às reflexões e análises que tenho desenvolvido, até então, limitada ao periodismo científico. Entrar na "blogosfera" é só mais recurso para, de algum modo, botar a boca no mundo.

Visite, leia, acompanhe, compartilhe, comente e critique!